O boleto bancário é o principal instrumento de pagamento de um produto ou serviço prestado, e a tecnologia tem ampliado as possibilidades, estabelecendo um cenário em que não é preciso sair de casa para pagar tarifas ou contas de qualquer natureza, seja nos bancos ou nas fintechs. No entanto, é muito comum surgirem dúvidas referentes a possíveis taxas para esse tipo de serviço.

Antes de tudo, é preciso entender que existe uma taxa cobrada para a emissão do boleto bancário, também conhecida como TEC (Tarifa de Emissão do Carnê/Boleto), mas de acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e o Código Civil, repassar a cobrança de tarifa de boleto bancário para o cliente é ilegal.

Isso significa que, nas instituições bancárias tradicionais, não há cobrança de tarifa por boleto. As plataformas de pagamento também não costumam cobrar por boleto, a não ser que o método escolhido seja pelo cartão de crédito. Se for utilizado o valor já em saldo, é bem comum que não haja taxas.

No PicPay, para pagamentos de boletos de luz, saneamento, gás e impostos com saldo adicionado via cartão de crédito e PicPay Card, a taxa é de 3,99% por transação, à vista. Se quiser parcelar, a taxa é de 3,99% sobre o valor do boleto mais 3,99% sobre cada parcela. Para outros tipos de boletos, 4,99% à vista ou 4,99% sobre o valor do boleto, mais 3,99% sobre cada parcela. O app já mostra o valor final das parcelas com as eventuais taxas do parcelamento inclusas.

O Mercado Pago também não cobra taxas por boletos, contas e tributos, desde que se utilize o saldo da conta. Se a forma escolhida for o cartão de crédito, a empresa cobra 2,99% sobre a transação. No Nubank, a mesma coisa: não há taxas, mas se escolher pagar o boleto com cartão de crédito, custa 3,99%. No entanto, o Nubank tem uma limitação de 15 boletos por mês.

A TEC costuma variar entre R$ 3 e R$ 10, de acordo com a instituição financeira. Vale perceber que algumas instituições também cobram por alterações, liquidações e cancelamentos do documento.

Dentre os tradicionais, Caixa Econômica é uma opção mais barata: R$ 5,90 para boletos com registro. O Itaú cobra R$ 6 para boletos com registro, e R$ 6,9 para alterações.  O Banco do Brasil cobra R$ 7 e R$ 5,3 para alterações, enquanto o Bradesco possui a taxa de R$ 6,60 para boletos e R$ 6,50 para alterações. Já o Santander é o mais caro, e cobra R$ 10, além de R$ 5 para liquidação e R$ 6,20 para alterações. Mas por questões de atualização de valores, é sempre bom consultar os próprios bancos antes da emissão.

Uma alternativa é optar por geradores de boleto bancário, que geralmente, só cobram taxa por boleto pago, não pela emissão, o que reduz os custos, já que descartam opções que foram emitidas, mas não foram quitadas pelos clientes. Algumas opções são Fácil 123 e GalaxPay.